MICROAGULHAMENTO (TERAPIA DE INDUÇÃO DO COLÁGENO) - DERMAROLLER™, DERMAPEN™
O microagulhamento, ou terapia de indução percutânea do colágeno, foi introduzido na década de 1990 para o tratamento de cicatrizes, estrias e flacidez cutânea. Durante o procedimento, ao se deslizar o dispositivo de microagulhas sobre a pele são criados centenas de milhares de microcanais verticais, os quais desencadearão uma cascata cicatricial sem cicatriz e importante neocolagênese (formação de colágeno novo). O microagulamento oferece um excelente perfil de segurança em todos os tipos de pele, pois não gera dano térmico e não possui cromóforo específico na pele.

Quanto ao mecanismo de ação, as microagulhas desencadeiam um potencial elétrico que estimula a proliferação de fibroblastos. A lesão mecânica induzida pelo tratamento desencadeia a liberação de potássio e proteínas que alteram o potencial de repouso intercelular, reativando fibroblastos dormentes, estimulando a neocolagenese e a revascularização tecidual.
Os estudos mostram uma regulação positiva do TGFβ3, citocina que evita formação de cicatrizes aberrantes, o aumento da expressão gênica do colágeno tipo I e níveis elevados de fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), fator de crescimento de fibroblastos (bFGF) e fator de crescimento epidérmico (EGF).
Estudos histológicos com cobaias mostraram uma enorme melhora da espessura epidérmica, com aumento de 140% a 685%, quanto o microagulhamento é associado ao uso de vitaminas A e C tópicas.
Já um estudo realizado com 480 pessoas mostrou manutenção de melhora da espessura do estrato espinho epidérmico em 40% mesmo 12 meses após o tratamento, quando também associado a vitaminas A e C. Quanto à derme, mostrou-se níveis aumentados dos colágenos tipo I, III, VII e tropoelastina nas biópsias teciduais de controle, e a manutenção destes níveis de forma persistente mesmo após 6 meses após o fim do tratamento. Já o número de melanócitos, responsáveis pela pigmentação da pele, permaneceu inalterado no pós-procedimento, dado este importante na avaliação da segurança do procedimento.

Desta forma, vários são os usos racionais do microagulhamento na prática dermatológica, dentre os quais citamos abaixo:
- Flacidez
- Estrias
- Elastose solar (fotodano solar)
- Rugas
- Prevenção de envelhecimento
- Afinamento e fragilidade cutânea
- Melasma
- Calvice masculina e alopecias cicatriciais
- Alopecia areata
Na Avallon Dermatologia temos como rotina o uso do conceito de "drug delivery" em associação aos procedimentos de microagulhamento, laser de CO2 e radiofrequência microagulhada, com uso de oligopeptídeos (EGF, BFGF, TGFb e IGF-1 e VEGF) visando otimizar resultados com maior síntese de colágeno e menor tempo de recuperação.
O intervalo entre as sessões de microagulhamento é de cerca de 90 dias, visando respeitar o processo de remodelação do colágeno cutâneo que se segue naturalmente, e que é mais intenso entre 30 e 90 dias após cada sessão.



