Que a luz azul prejudica o ciclo do sono, através de alterações secundárias na produção de melatonina, todo mundo já sabia! Mas que a luz visível, especialmente a luz azul, também prejudica a pele, isso é novidade.
Historicamente o envelhecimento da pele decorrente da exposição solar tem sido relacionado apenas ao componente ultravioleta (UV) da luz. A produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) pela exposição à UVA é vastamente aceita como agente causador de danos cutâneos e de cânceres de pele, entretanto, não se acreditava que a luz visível pudesse também estar incriminada.
Estudos mostram que a luz azul é capaz de provocar danos oxidativos celulares pela produção de radicais superóxido, os quais podem danificar queratinócitos e fibroblastos humanos, sobretudo através de danos à mitocôndria, em um mecanismo semelhante ao da radiação UVA. Vale lembrar que a luz azul é um dos componentes da luz branca emitida pelo sol, e é também amplamente emitida por dispositivos eletrônicos com telas (smartfones, monitores, etc.) e por lâmpadas, sejam elas fluorescentes ou LED. Mas vale a pena frisar: não é porque você esta vendo uma imagem de outra cor na tela que você estará protegido da luz azul. As telas emitem a luz azul o tempo todo!
O que fazer então? No caso dos olhos há como se proteger através do uso de lentes específicas, mudança de hábitos, e no caso de boa parte dos eletrônicos, usar o modo noturno que conta com redução da intensidade de emissão da luz azul.
Já em relação à pele, o que vale é se proteger com os métodos físicos (chapéus, roupas, sombreiros, etc.) e usar protetor solar que absorva a radiação no espectro de 400-480nm (azul).
Mas se atente:
A luz azul ajuda a combater a depressão do inverno e regula o ciclo sono-vigília.
Passar uma hora ao ar livre em um dia nublado expõe os olhos a 30 vezes mais luz azul do que passar uma hora em um ambiente interno, em frente a uma tela.